quinta-feira, 14 de março de 2013

Chapter: 01


MELISSA

Eu corro, mas mesmo assim aqueles olhos vermelhos me seguem, está escuro e frio, o que é estranho pra essa época do ano na cidade. Paro em frente ao Teatro Municipal, ofegante, minhas pernas doem mas volto a correr, parece que se eu ficar muito tempo em um mesmo lugar, "eles "vão me encontrar, passo correndo pelo prédio recém reformado da Igreja .

- Merda quebrei meu salto. Abro a bolsa e procuro o celular, 22 duas chamadas do Luke, aperto discar e então aquele sentimento volta, o arrepio na espinha e lá estão aqueles mesmo olhos vermelhos me encarando com fúria, se aproximando mais e mais tento gritar, mas, eles chegam primeiro.

Acordo sobresaltada, estou suando, a cabeça girando e a boca seca. 
Sarah esta balbuciando algo sobre o tempo e sobre banho. Levanto, ainda meio desnorteada, entro no banheiro e me olho no espelho, meu olhos estão inchados de tanto chorar e eu me lembro do motivo, o pesadelo.
Ligo o radio do banheiro e entro no chuveiro, a água está quente e ai sim eu começo a relaxar, reparo que a voz no radio está falando sobre um Brunch beneficente.
Porra, é isso, to atrasada para o Brunch com os pais do Luke.
Saio correndo do box e me enrolo no na toalha, entro no quarto e, lá está ela, parada em frente ao meu armário, escolhendo meus sapatos, visto uma calça jeans e uma regata  que ela escolheu e volto pro banheiro - Não da tempo de me maquiar. Passo somente um batom e volto pro quarto coloco os meus Scarpins e corro atras do celular. 
- esse quarto etá uma bagunça.eu penso
Olho pelo espelho e a vejo me encarando.

- O que foi Sarah?
- "O que Foi Sarah?". Melissa você levantou, me ignorou.
- Desculpa, eu tava tendo um pesadelo, quando fui acordada por uma amiga rabugenta, aliás, como uma pessoa consegue gritar tanto a essa hora da manhã?
- Mel pode parando, pega logo os óculos e vamos embora, agente conversa no carro. 
Reviro os olhos. Como pode ela ser tao rabugenta de manhã?

Pego meu celular, 22 duas chamadas do Luke, estranho. Puxo a Sarah rabugenta pelo braço e bato a porta. Entramos no elevador e mais uma vez aquela calmaria me relaxa, reparo na Sarah, ela esta de vestido e salto , faz o estilo, Serena apesar de ter o humor da Blair, Sorrio.

- Está rindo do que Mel?
- Nada. Sorrio de novo.
- É serio, o que ta pegando Melissa? O elevador abre, salva pelo "Gongo".
- Vamos Sarah? Ela me olha, com aqueles olhos inquisidores.
- Isso não termina aqui Melissa.
- Sarah, carro, Brunch . Sorrio, ela revira os olhos, e lá está, a minha amiga de volta.

Saímos do elevador na garagem e encontramos José, meu motorista. Entramos no carro e saímos do prédio, tento pensar em uma maneira de não contar à Sarah, sobre os pesadelos que ando tendo, pois ela é muito dramática, assim como minha mãe era, vai querer que eu tome remédios e faça consultas com o meu psicólogo. Chegamos quando Faltava cinco minutos pro Brunch começar oficialmente.

Todas as famílias e empresários mais conhecidos da cidade, estavam aqui no hotel, os trajes eram casuais e super descolados, afinal de contas é verão na cidade. Olho em volta e vejo Luke mais a frente, ele esta de costa para mim, com ele estão Lúcio, Vitor e Elisa, a vaca da Elisa está segurando o braço dele.
Eu entro em pânico, só de lembrar que, eles já namoraram, ponho minha taça na mesa, um sorriso falso no rosto, e sigo em frente, cumprimentando alguns amigos, até chegar nele. 
Lúcio é quem me vê primeiro, ele abre um longo sorriso nervoso, enquanto Vitor levanta a sobrancelha alarmando Luke, cumprimento eles, enquanto Luke, se desvencilha de Elisa.

- Mel, você chegou! Dou um meio sorriso e ele me beija meio atrapalhado.
- estou vendo que você passou a frequentar o Aquário local de novo, não é luke?
- Oi melissa. Diz ela com deboche.
Estou prestes a explodir, quando Sarah me pega pelo braço e me arrasta ate a mesa, onde estão alguns dos sócios e empresários que eram, amigos dos meus pais. Minha raiva se vai, quando olho pra eles, e me lembro por que estamos aqui.
O evento vai beneficiar as famílias da última enchente, numa mesa mais à frente, encontro os pais do Luke, Analice é quem levanta primeiro e me abraça, Estevam levanta e me abraça em seguida, eles são donos da maior construtora local e estão sempre envolvidos com filantropia. Como pode o Luke, ser tão diferente dos pais. Procuro Sarah pra me salvar, mas não a encontro, vejo Elisa entrando no banheiro, peço licença à Analice e vou atrás dela. Ela está de frente pro espelho, retocando o batom, tranco a porta, chego por trás dela e a encaro, ela sorri debochando e eu desconfio.

- Vai ficar ai me encarando Melissa?
- Fica longe do Luke. Aviso
- Você só pode estar brincando comigo, se, você cuidasse do seu namoradinho, ele não teria procurado, a bonequinha aqui, depois de te deixar em casa ontem. Ela limpa, o batom, do canto da boca e meus sangue ferve.
- Deixa de ser mentirosa Elisa, eu liguei pra ele ontem, ele estava em casa. Viro em direção a porta, sabendo que ela esta blefando.
- Eu sei disso amor, na hora que você ligou, eu estava no quarto dele, dando uma conferida. Mantenho a mão na porta, deixando a entreaberta.
- Nem, para mentir, você presta, garota. Minha voz falha entregando minha surpresa. 
Saio do banheiro, procurando pelo Luke, no salão. Passo pela Sarah, em direção a ele, abro um sorriso e paro em frente ao Luke, beijo ele no canto da boca e depois sussurro em seu ouvido.

- Quero você, lá fora, em cinco minutos. Dou um sorriso malicioso e mordo o lábio, enquanto vou em direção a saída, paro e viro em direção a ele de novo, cinco minutos, repito.

Mal eu chego do lado de fora, ele aparece com um sorriso no rosto

- Você transou com, a aquela vadia, ontem? Ele tenta disfarçar a surpresa.
- Mel, gatinha, eu sou amarradão na sua.
- Você é Luke? Por que não é isso, que o chupão no seu pescoço diz. Ele coloca a mão no pescoço, tentando esconder,passo por ele indo pegar minha bolsa, escuto seus passos atrás de mim, e sinto seu braço me puxando.
Então tudo acontece, muito rápido, eu grito com ele, dizendo como ele é um canalha e como ele se sentiria se eu fizesse o mesmo com ele.
-Você não teria coragem, Melzinha, teria? Olho incrédula pra ele e depois me viro, procurando a minha vítima, então eu paro e dou de cara com, aqueles olhos sensacionais que vêm na minha direção, uma sensação estranha me preenche, agarro o garçom e o beijo.


B.L

Nenhum comentário:

Postar um comentário